Aproximadamente 400 peregrinos trilharam os passos de Frei Galvão, o primeiro Santo brasileiro, domingo, 21, do Porto de Cachoeira até a Vila de Belém. Com meia hora de atraso, o grupo seguiu animado pelas ruas de Cachoeira, Capoeiruçu, Povoado da Boa Vista e Belém. Os 13 km que separam Cachoeira da Vila de Belém, foram vencidos, com a fé e a determinação dos participantes. Idosos, jovens, crianças e adultos se uniram nesta grande demonstração de fé. Os padres Hélio Vilas Boas e Reinaldo Balbino estiveram junto aos fiéis durante todo o percurso. A primeira parada para um rápido descanso foi no bairro dos Três Riachos. A próxima parada foi em Capoeiruçu, o trecho que exigiu mais esforço dos peregrinos, por causa da ladeira. A penúltima parada foi na Boa Vista. No balneário conhecido o como Banheiro dos Padres, já em Belém, a alegria dos peregrinos foi reforçada e a energia reposta pela animação da charanga dos músicos da Filarmônica Lyra Ceciliana. Alguns aproveitaram para tomar um revigorante banho para chegar mais disposto em Belém. Foi sem dúvida, uma grande festa da fé. Até eu, que não sou adepta de grandes esforços físicos, segui firme com o grupo. Em Capoeirçu, tive uma grande surpresa: o secretário Antônio Moraes Ribeiro esqueceu as dores na coluna, dispensou o carro e prosseguiu a pé até Belém. Seria um milagre de Frei Galvão? Fiquei surpesa com desenvoltura de Moraes saltando poças de lama, atravessando ponte improvisada, sem demonstrar nenhum sinal de dor. Na igreja de Belém, único edifício que restou do antigo seminário jesuíta de Belém, onde o Frei Galvão estudou, dos 13 aos 17 anos, padre Hélio disse palavras de agradecimento e conforto para todo os presentes. Um fim de semana dez para os católicos cachoeiranos.