O Mestre Curió que está se apresentando com o seu grupo neste momento na Tenda da Igualdade Racial, na Casa do Conde, um dos espaços onde estão acontecendo as atividades da Teia Cultural 2007, em Belo Horizonte, deu um show de conhecimento sobre a prática da capoeira. O Mestre criticou o comportamento de uma nova geração de capoeiristas que "batem nos alunos para mostrar superioridade". O experiente Curió, aluno do Mestre Pastinha ensina que capoeira é "manha, ginga e malícia, não força bruta". Ele também criticou a formação de tantos mestres de capoeira como vem acontecendo, e disse que nesses 62 de capoeira, só formou até hoje, apenas 3 mestres, entre eles, a Mestra Jararaca, a única mestra angoleira do Brasil. O Mestre disse ainda que antigamente não havia "essa história de professor de capoeira, monitor, instrutor". "Havia o mestre, o contra-mestre. Isso tudo agora é novidade", lembrou Curió. Sem papas na língua, o Mestre capoeirista detonou a organização da Teia Cultural. "Está muito desorganizado, a gente precisa falar para que no próximo ano os erros sejam corrigidos", enfatizou. Também está sendo o livro "Capoeira, manha e malícia", de autoria de Cristina Albert Dias.