quinta-feira, 1 de julho de 2010

Polícia civil apreende espadas em Cachoeira




Agentes da Polícia Civil da delegacia de Cachoeira cidade histórica do Recôncavo baiano (distante 110 km de Salvador), apreenderam nesta quinta-feira (1 de julho) um lote com doze dúzias de espadas, dois morteiros, além de dois artefatos conhecidos como fial. Este de grande potencial explosivo, conforme os agentes policiais. Os fogos estavam estocados no Bar do Marujo, situado na Avenida São Diogo.
De acordo com a polícia, que cumpriu mandado de busca e apreensão expedido pela juíza da comarca Ana Lúcia Ferreira de Souza, os artefatos seriam para a guerra de espadas que está sendo anunciada por espadeiros para amanhã (2 de Julho) apesar da proibição. A ação também contou com o apoio de agentes da Corpin de Santo Amaro.

A delegada Márcia Gonçalves, titular da Delegacia de Cachoeira informou que requereu o mandado de busca e apreensão à juíza Ana Lúcia Ferreira de Souza, após receber uma denúncia anônima por telefone de que o Bar do Marujo estava sendo utilizado como ponto para a estocagem de espadas, já que o mesmo está situado no local onde os espadeiros dizem que pretendem realizar a guerra. O proprietário do estabelecimento identificado apenas pelo apelido de Marujo não foi encontrado no local e está sendo procurado pela polícia.

A delegada Márcia Gonçalves chamou atenção para a presença no lote apreendido de uma espada denominada pelos espadeiros como fial. O artefato difere dos outros pelo seu tamanho maior e quantidade de pólvora, aproximadamente 1 kg. “Esse artefato possui um grande poder explosivo, tem capacidade de provocar grandes estragos em imóveis e até matar uma pessoa atingida”, avalia a delegada. Márcia Gonçalves disse que a Polícia Civil está mobilizada para cumprir novos mandados de busca e apreensão.

A luta de moradores de Cachoeira contra a guerra de espadas na cidade histórica, tombada como Monumento Nacional, é antiga. Os espadeiros de elegeram o Dia 2 de Julho, data da Independência da Bahia para promover a queima de espadas nas ruas da cidade que possui um rico acervo de antigo de imóveis e igrejas seculares. A ong A Cidadã junto com a Câmara de Vereadores realizou diversos debates e reuniões com diversos segmentos da sociedade e autoridades para coibir a queima de espadas em Cachoeira visando a proteção do patrimônio arquitetônico e as pessoas que não participam da perigosa brincadeira.