segunda-feira, 4 de junho de 2012

O Momento Antroplástico de Lula Martins está no Centro Cultural dos Correios




A exposição “Momento Antroplástico”,  do artista multimídia Lula Martins, continua em cartaz no Centro Cultural Correios, Pelourinho, até o dia 30 de junho. São 40 pinturas na técnica vinil sobre tela e 10 pinturas digitais, além da projeção de 10 slides.  Xamã”, “O Beijo”, “Sapo Galante”, “Família Burca”, “Metaforma” e “Ovíparo” são alguns dos belos e instigantes  trabalhos expostos. A mostra está aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 10 às 17 horas, e sábado, das 8 às 12 horas. A curadoria é de Walter Lima. O patrocínio é dos Correios.

Para Lula Martins, a irreverência e a provocação fazem parte da natureza da contracultura. A desconstrução de uma lógica especista e discriminatória, os avanços humanísticos como os direitos das mulheres, negros e crianças, o respeito à natureza e as transformações dos costumes surgiram a partir desse movimento. “Vivemos um momento de tomada de consciência das nossas ações sobre toda a biosfera; um momento que exige total atenção e novas ações transformadoras do paradigma estabelecido. A diversidade dos produtos culturais aponta para uma quebra da permeabilidade entre as artes, dando maior liberdade de expressão ao artista contemporâneo e multimídia. O encantamento da descoberta do novo, o diálogo com materiais plásticos e sonoros”, conclui.
O artista - Antonio Luiz Martins (Lula Martins) é artista multimídia, com mais de quatro décadas de atividades culturais e artísticas no Brasil e exterior, desenvolvendo muitos trabalhos de design gráficos, para renomados artistas, filmes premiados, documentários, discos de grande sucesso nacional e exposições de artes plásticas. 
Desde que saiu de Ipiaú,  ele foi buscar o mundo. Sua trajetória  passa por diversas linguagens. Entre  algumas delas: Cinema como ator e diretor, pintura, escultura, literatura, música e arte digital. É um artista que nasceu com o dom da multidisciplinaridade. Em 1965 participou da Bienal Internacional de São Paulo, cidade que residiu por mais de vinte anos, onde conviveu com relevantes figuras da cultura paulista como Pietro Maria Bardi, diretor e criador do Masp;  circulou pelo Teatro Oficina, onde, em parceria com o artista plástico Dicinho, fez cenário para o show de Gal Costa e foi também o ator do filme “Meteorango Kid” de André Luiz Oliveira.
Em 2009 lançou o livro “Mágicas Mentiras” (Editora Vento Leste), sobre os bastidores da contracultura, com prefácio do professor e brasilianista Christopher Dunn, um dos grandes pesquisadores desse movimento.