O prefeito do município de
Cachoeira(distante 110km de Salvador) Carlos Pereira recebe, amanhã, terça-feira, 12, do ministro
da Cultura, Juca Ferreira, a cessão de
uso do pertencente imóvel localizado à
Rua Benjamin Constant(Ladeira da Cadeia) nº 17, onde durante décadas funcionou
o Arquivo Público Municipal. No imóvel pertencente ao IPHAN, a Prefeitura vai
exercer a gestão promovendo a instalação nas suas dependências de vários
equipamentos do Sistema Municipal de Cultura, exemplo do Centro de Referência
do Samba de Roda de Cachoeira. O ato está marcado para às 15h30min.
Para o secretário da Cultura e Turismo de Cachoeira, José Luiz
Bernardo, essa iniciativa representa mais
um avanço na gestão da política cultural da administração municipal. “A cessão
de uso deste imóvel histórico é mais um passo que a prefeitura dá para
consolidação das ações da gestão cultural”, afirmou o secretário, acrescentando
que o município “também estará contribuindo com revitalização de um monumento
tombado”.
Ainda segundo José Luiz, a parceria com o governo federal, através
do Ministério da Cultura e IPHAN, “é fruto do compromisso e do diálogo com as
instituições pela preservação e revitalização do patrimônio de Cachoeira, bem
como o fomento e incentivo à cultura do município”. O secretário citou também
como fruto dessa parceria a gestão do Cine Theatro Cachoeirano, pertencente ao
IPHAN e administrado pela prefeitura, por meio de cessão de uso.
O imóvel que
abrigará os equipamentos do Sistema Municipal de Cultura, é tombado
individualmente devido a sua importância cultural, nº do processo 0244-T,
inscrição 287-A, no Livro de Belas Artes, com data de 16 de setembro de 1947.
É desconhecida a data de construção deste edifício, mas, sua tipologia parece
indicar o período de transição entre os séculos XVIII e XIX.
Localiza-se a casa em terreno íngreme, sendo
ligeiramente recuada do lote e implantada sobre terrapleno, possuindo assim
um sub-solo parcial, que se constitui num apartamento autônomo. Sua planta
retangular se organiza a partir de um corredor central, típica do período,
com salões voltados para a rua, quartos e alcovas para o corredor e jantar
nos fundos que se prolonga na varanda posterior, com gradil de treliça. A
peculiaridade do edifício fica por conta de uma ala lateral independente,
para os serviços, construída sob o puxado de uma das águas do telhado. Sua
construção parece ter-se dado em diferentes momentos, sendo trechos do
edifício em pedra e cal e outros, em pau-a-pique. A composição da fachada
destaca-se pela sua horizontalidade e pano de telhados, possuindo envazaduras
simples e porta de entrada encimada por adorno em estuque.
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