segunda-feira, 11 de maio de 2015

Cachoeira ganha Casa da Cultura nesta terça-feira,12,















O  prefeito do município de Cachoeira(distante 110km de Salvador) Carlos Pereira  recebe, amanhã, terça-feira, 12, do ministro da Cultura, Juca Ferreira, a  cessão de uso do  pertencente imóvel localizado à Rua Benjamin Constant(Ladeira da Cadeia) nº 17, onde durante décadas funcionou o Arquivo Público Municipal. No imóvel pertencente ao IPHAN, a Prefeitura vai exercer a gestão promovendo a instalação nas suas dependências de vários equipamentos do Sistema Municipal de Cultura, exemplo do Centro de Referência do Samba de Roda de Cachoeira. O ato está marcado para às 15h30min.

Para o secretário da Cultura e Turismo de Cachoeira, José Luiz Bernardo, essa iniciativa  representa mais um avanço na gestão da política cultural da administração municipal. “A cessão de uso deste imóvel histórico é mais um passo que a prefeitura dá para consolidação das ações da gestão cultural”, afirmou o secretário, acrescentando que o município “também estará contribuindo com revitalização de um monumento tombado”.

Ainda segundo José Luiz, a parceria com o governo federal, através do Ministério da Cultura e IPHAN, “é fruto do compromisso e do diálogo com as instituições pela preservação e revitalização do patrimônio de Cachoeira, bem como o fomento e incentivo à cultura do município”. O secretário citou também como fruto dessa parceria a gestão do Cine Theatro Cachoeirano, pertencente ao IPHAN e administrado pela prefeitura, por meio de cessão de uso.


O imóvel que abrigará os equipamentos do Sistema Municipal de Cultura, é tombado individualmente devido a sua importância cultural, nº do processo 0244-T, inscrição 287-A, no Livro de Belas Artes, com data de 16 de setembro de 1947. É desconhecida a data de construção deste edifício, mas, sua tipologia parece indicar o período de transição entre os séculos XVIII e XIX.
 Localiza-se a casa em terreno íngreme, sendo ligeiramente recuada do lote e implantada sobre terrapleno, possuindo assim um sub-solo parcial, que se constitui num apartamento autônomo. Sua planta retangular se organiza a partir de um corredor central, típica do período, com salões voltados para a rua, quartos e alcovas para o corredor e jantar nos fundos que se prolonga na varanda posterior, com gradil de treliça. A peculiaridade do edifício fica por conta de uma ala lateral independente, para os serviços, construída sob o puxado de uma das águas do telhado. Sua construção parece ter-se dado em diferentes momentos, sendo trechos do edifício em pedra e cal e outros, em pau-a-pique. A composição da fachada destaca-se pela sua horizontalidade e pano de telhados, possuindo envazaduras simples e porta de entrada encimada por adorno em estuque.