O ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Edson Santos, defende a criação das delegacias especializadas em crimes étnico-raciais. "Buscamos a nacionalização das iniciativas de criação de secretarias e delegacias contra crimes raciais. Não entendi a reação de alguns setores contra a proposta. Queremos dar conseqüência a um princípio constitucional, que tipifica o racismo como crime inafiançável e imprescritível. Na medida em que não há agentes públicos qualificados e treinados para acolher as denúncias de racismo, acaba não havendo punição para os autores dessa agressão. São Paulo e Piauí já têm uma delegacia com essas características. Não será uma delegacia de negros. No Brasil, temos judeus, ciganos, indígenas, que também são vítimas de agressões étnicas e raciais. É uma delegacia para cuidar dessas questões", disse o ministro.