O ano de 1968, um dos mais significativos do ponto de vista das revoluções culturais e políticas, que atingiu diferentemente vários países, inclusive o Brasil, será o tema do Seminário Internacional 40 anos do AI-5, que acontece entre os dias 12 e 14 de novembro, no Museu do Carmo, em Cachoeira. A iniciativa é do Núcleo de Estudos em Sociedade, Poder e Cultura (NESPOC) e do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). O evento conta com a coordenação dos professores Lucileide Cardoso, Fábio Joly e Luiz Nova.
Conferências, mesas-redondas e exibição de filmes estimularão os debates em torno do tema, reunindo pesquisadores nacionais e internacionais entre os quais a professora PhD. Vitória Langland (University of Califórnia, Davis) que falará sobre “Tempo Negro: o movimento estudantil depois do AI-5”. Destaque ainda para a presença do professor Carlos Fico (UFRJ) que fará uma abordagem sobre “1968- o ano que terminou mal: a escalada da violência da ditadura militar brasileira”. A mesa-redonda sobre “Movimentos sociais da Bahia” também promete aprofundar a discussão sobre o movimento estudantil em Salvador e no Recôncavo Baiano, bem como sobre a oposição de setores da Igreja Católica, com os professores Antônio Maurício Brito (Uneb), Amílcar Baiardi (UFRB) e Grimaldo Carneiro.
O documentário HÉRCULES 56 (Brasil, 2006), direção e roteiro de Sílvio Darin, será exibido durante o encontro, estimulando, através do suporte audiovisual, a discussão de mais uma das conseqüências de 1968: o seqüestro do embaixador americano no Brasil, Charles Burke Elbrick. Como se sabe, em sua troca foi exigida a divulgação de um manifesto revolucionário e a libertação de 15 presos políticos. Banidos do território nacional e com a nacionalidade cassada, eles são levados ao México no avião da FAB Hércules 56.
A atividade integra o projeto Maio 68 + 40, dando seqüência a uma extensa programação que vem se desenvolvendo desde o primeiro semestre letivo.
