Para Lula, além de não ajudar no "processo de educação", a TV brasileira degrada a "estrutura da família". E o presidente foi ainda mais eloqüente: "Qual é o processo de educação que nós aprendemos quando ligamos uma televisão nesse país? Pelo contrário, o que nós assistimos, em muitos casos, é um processo de degradação da estrutura da família desse país".
A declaração ocorreu em solenidade pública, em São Paulo. A notícia foi dada pela Folha Online ( * ), nesta segunda-feira, 17/11/2008, às 20h24. E veio com o comentário de que se tratava de mais uma crítica de Lula à televisão brasileira. Simples, não?
Não se viu, nesses dias, nenhuma repercussão sobre o tema que é da maior importância para a discussão da Educação e da formação cultural da Nação. Nada se ouviu dos vestalinos colunistas. Nada nas tevês. Nada nos jornalões. Nem um simples “Lula, porque não te calas?”, da manhã real.(HSLIberal).
“Preferem não dar a cara a bater”, disse com propriedade um professor de jornalismo do Iesb, em Brasília. O silêncio é mais uma demonstração de que a elite da informação está satisfeita em oferecer aos brasileiros apenas os reality shows trágicos de Eloás e Isabelas. E mais: Lula retoma uma discussão que deixa os donos da mídia transtornados: a regulação social da programação.
“Coisas de regimes totalitários”. “Agressão ao princípio da liberdade de imprensa”. O assunto – que é devidamente regulamentado no mundo civilizado – não passaria no Congresso Nacional ( * ), onde 87 deputados e alguns senadores têm concessão de rádio e televisão e recebem, da indústria de bebidas (anunciantes) e de comunicação, alguns milhões de reais em doações de campanha.