A prefeitura do município de Cachoeira, no Recôncavo baiano (distante 110km da capital) aderiu ao movimento de paralisação em protesto contra a queda na transferência de recursos da União. O paço municipal permaneceu fechado durante o dia de ontem e os funcionários foram dispensados de suas tarefas. Na sede da prefeitura não houve nem expediente interno. As secretarias municipais também não abriram as suas portas e a maior parte dos serviços prestados à população foi suspensa. Na Secretaria de Obras e Meio Ambiente, foi mantido apenas o trabalho de coleta e limpeza pública.
Na área de Saúde, as quinze Unidades de Saúde da Família distribuídas entre a sede e zona rural ficaram fechadas. Não houve atendimento também na Farmácia Básica do município que distribui medicamento gratuito para a população. O prefeito Fernando Antônio da Silva Pereira (PMDB) disse que aderiu ao movimento proposto pela (UPB) União dos Prefeitos da Bahia, para fortalecer a luta dos gestores municipais do País que assim como ele “estão enfrentando uma das piores crises financeiras para governar”.
O prefeito de Cachoeira disse ainda que é os maiores problemas estão nos municípios. “É no município que acontecem as coisas. A população necessita dos serviços prestados pelas prefeituras, que a cada mês enfrenta dificuldades para continuar mantendo os serviços essenciais, imprescindíveis para as pessoas”. A respeito da situação da prefeitura de Cachoeira, Fernando Antônio Pereira, declarou que em consequência da queda dos recursos transferidos da União,o município fechou o mês de setembro com déficit de aproximadamente R$ 500 mil. “A nossa situação não está pior, porque, tínhamos uma reserva de caixa que seria aplicada em obras, mas tivemos que lançar mão desse dinheiro para não deixar honrar compromissos com fornecedores e a folha dos servidores municipais”, declarou o prefeito.