domingo, 31 de agosto de 2008

Agosto de descobertas


Despeço-me do mês de agosto com muita alegria. O mês que os superticiosos atribuem fatos negativos, encerra-se de uma forma fantástica, surpreendente. Graças a grande sacerdotisa Madalena, zeladora do Terreiro Guarany de Oxóssi que me convidou para participar da romaria e procissão que realiza anualmente, em agosto, para homenagear São Roque/Obaluaê(nesse caso não há como falar de duas divindades diferentes). Aceitei o convite e descobri que pertinho de nós, ali em terras da Usina Itapetingui da família Falcão de Feira de Santana, há um santuário onde homens e mulheres livres e de todas as idades podem manifestar sua fé nos orixás, nos santos da igreja católica. Foi a primeira vez em toda a minha vida, que vi tantos candomblés num único local. A Lapa de São Roque é um lugarejo no meio do mato, sem infra-estrutura para receber tanta gente. A sua beleza está na fé das pessoas que vão até ali em busca de bênçãos e curas. Numa singela igrejinha, São Roque é venerado há mais de um século como Obaluaê. O povo reza, canta e dança em nome da fé. Perdem horas para encher gota a gota, a água que considerm milagorsa e que brota das pedras. Fiquei feliz em poder estar ali, vivenciando toda esta experiência e testemunhar a fé daqueles que descedem dos escravos que moviam a máquina das fortunas dos barões do Recôncavo.