Será aberta hoje (21), ao público, às 19h, na Galeria da Caixa (Rua Conselheiro Laurindo, Centro), em Curitiba, a exposição de obras do gravador alemão Hansen Bahia. A exposição, com curadoria de Lêda Deborah, traz 64 obras em suporte de papel e nove matrizes xilográficas restauradas pelo projeto “Preservação da Obra de Hansen Bahia”, apresentado pela Fundação Hansen Bahia, e selecionado pelo Programa CAIXA de Adoção de Entidades Culturais, que patrocina a recuperação, a ampliação e a promoção de importantes acervos em todo o país, fomentando ações localizadas de recuperação e disponibilização desses bens à sociedade. A exposição permanecerá aberta até o dia 16 de agosto de 2009. Alemão de nascimento, mas brasileiro por opção, Karl Heinz Hansen Bahia doou ainda em vida todo seu acervo à cidade de Cachoeira, no Recôncavo baiano.
A Fundação Hansen Bahia, instituída em 1976, é responsável pela salvaguarda do legado de Karl Heinz Hansen-Bahia, cujo acervo foi doado em vida à cidade de Cachoeira, no Recôncavo baiano. Cinco anos depois da morte do artista, a Fazenda Santa Bárbara, sua última residência, em São Félix, foi doada à Fundação Hansen-Bahia. A doação constava do testamento de Ilse Hansen, viúva do artista, falecida em 1983. No próximo mês, a Fundação Hansen Bahia se instalará em sua sede própria na cidade de Cachoeira, um imóvel recentemente restaurado pelo Programa Monumenta do governo federal em parceria com o governo do estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura e Ipac.
O acervo da Fundação é constituído de 13 mil itens, entre gravuras, fotografias, álbuns de recortes, livros, documentos, mobiliário e objetos de uso pessoal. Há também uma biblioteca com cerca de mil títulos – incluindo dezenas de livros publicados ou ilustrados por Hansen-Bahia. As obras em suporte de papel são mais de quatro mil. Já as matrizes xilográficas totalizam 260.
A intenção da curadora Lêda Deborah é levar a exposição “Hansen Bahia- Restauração do Acervo – 73 Obras” para diversos espaços culturais do país, de modo a propiciar maior reflexão sobre a obra e a vida do artista e da arte da xilogravura. A mostra itinerante começou em Salvador, depois Rio de Janeiro, Brasília e agora Curitiba. A próxima exposição acontecerá também no espaço da CAIXA Cultural de São Paulo. Em outubro, as obras retornam para exposição nas cidades baianas de Cachoeira e São Félix. “A maior homenagem que se pode fazer a um artista é mantê-lo vivo”, conclui a curadora, que é responsável pelo acervo desde 2003.
Karl Heinz Hansen Bahia (1915- 1978)
“Tudo o que sei e o que sou, devo à Bahia”.
Karl Heinz Hansen, alemão de Hamburgo, tem os primeiros trabalhos artísticos datados dos anos 40. O homem foi sempre o seu grande tema e a xilogravura, uma arte tradicional na Alemanha, a técnica a que mais se dedicou.
Convencido por um diplomata brasileiro na Suécia, onde residia depois da Segunda Guerra Mundial, Hansen chegou ao Brasil em 1950, aos 35 anos, para trabalhar como artista gráfico numa editora de São Paulo. Vinha em busca do futuro promissor e dos encantos naturais de que lhe falara o amigo em Estocolmo.
Mudou-se pela primeira vez para a Bahia em 1955. Ao longo dos três anos seguintes, realizou exposições, lançou álbuns de gravuras, executou painéis, concorreu ao Prêmio de Arte Contemporânea e participou da IV Bienal de São Paulo.
A Bahia, entretanto, não deu ao artista resposta econômica e Hansen voltou, em 1959, para Alemanha. Antes, porém, se despediu com a exposição “A Bahia de Hansen”, mostrando aos baianos o que levaria para o Velho Mundo. Foi neste período que o artista adotou o nome artístico de Hansen Bahia e conheceu seu último amor e musa, Ilse.
A inquietude do artista e o novo amor fizeram Hansen partir para a Etiópia a convite do imperador Salassiè, para fundar uma escola de belas artes em Addis Abeba. Em 1966, no término de sua missão, Hansen voltou definitivamente para a Bahia, onde ficou até sua morte em 1978.
O artista expôs duas vezes em Brasília: em 1973, com a mostra “Novos Trabalhos”; e em 1976, com “Retrospectiva”, exposição promovida pela Embaixada da Alemanha no Touring Club do Brasil, ocasião na qual Hansen ofereceu sua obra, por meio de testamento, à cidade de Cachoeira, instituindo a Fundação Hansen Bahia.
Serviço:
Exposição “Hansen Bahia – Restauração do Acervo – 73 Obras”
Local: Galeria da Caixa (Rua Conselheiro Laurindo, 280, Centro)
Data: Abertura 21 de julho, às 19h30. A exposição permanecerá aberta até o dia 16 de agosto de 2009
Horários de visitação: de terça a sábado das 10h às 21h, e domingos das 10h às 19h
Entrada franca para a exposição
Classificação etária: Livre
Informações: 2118-5114 / 2118-5410
A Fundação Hansen Bahia, instituída em 1976, é responsável pela salvaguarda do legado de Karl Heinz Hansen-Bahia, cujo acervo foi doado em vida à cidade de Cachoeira, no Recôncavo baiano. Cinco anos depois da morte do artista, a Fazenda Santa Bárbara, sua última residência, em São Félix, foi doada à Fundação Hansen-Bahia. A doação constava do testamento de Ilse Hansen, viúva do artista, falecida em 1983. No próximo mês, a Fundação Hansen Bahia se instalará em sua sede própria na cidade de Cachoeira, um imóvel recentemente restaurado pelo Programa Monumenta do governo federal em parceria com o governo do estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura e Ipac.
O acervo da Fundação é constituído de 13 mil itens, entre gravuras, fotografias, álbuns de recortes, livros, documentos, mobiliário e objetos de uso pessoal. Há também uma biblioteca com cerca de mil títulos – incluindo dezenas de livros publicados ou ilustrados por Hansen-Bahia. As obras em suporte de papel são mais de quatro mil. Já as matrizes xilográficas totalizam 260.
A intenção da curadora Lêda Deborah é levar a exposição “Hansen Bahia- Restauração do Acervo – 73 Obras” para diversos espaços culturais do país, de modo a propiciar maior reflexão sobre a obra e a vida do artista e da arte da xilogravura. A mostra itinerante começou em Salvador, depois Rio de Janeiro, Brasília e agora Curitiba. A próxima exposição acontecerá também no espaço da CAIXA Cultural de São Paulo. Em outubro, as obras retornam para exposição nas cidades baianas de Cachoeira e São Félix. “A maior homenagem que se pode fazer a um artista é mantê-lo vivo”, conclui a curadora, que é responsável pelo acervo desde 2003.
Karl Heinz Hansen Bahia (1915- 1978)
“Tudo o que sei e o que sou, devo à Bahia”.
Karl Heinz Hansen, alemão de Hamburgo, tem os primeiros trabalhos artísticos datados dos anos 40. O homem foi sempre o seu grande tema e a xilogravura, uma arte tradicional na Alemanha, a técnica a que mais se dedicou.
Convencido por um diplomata brasileiro na Suécia, onde residia depois da Segunda Guerra Mundial, Hansen chegou ao Brasil em 1950, aos 35 anos, para trabalhar como artista gráfico numa editora de São Paulo. Vinha em busca do futuro promissor e dos encantos naturais de que lhe falara o amigo em Estocolmo.
Mudou-se pela primeira vez para a Bahia em 1955. Ao longo dos três anos seguintes, realizou exposições, lançou álbuns de gravuras, executou painéis, concorreu ao Prêmio de Arte Contemporânea e participou da IV Bienal de São Paulo.
A Bahia, entretanto, não deu ao artista resposta econômica e Hansen voltou, em 1959, para Alemanha. Antes, porém, se despediu com a exposição “A Bahia de Hansen”, mostrando aos baianos o que levaria para o Velho Mundo. Foi neste período que o artista adotou o nome artístico de Hansen Bahia e conheceu seu último amor e musa, Ilse.
A inquietude do artista e o novo amor fizeram Hansen partir para a Etiópia a convite do imperador Salassiè, para fundar uma escola de belas artes em Addis Abeba. Em 1966, no término de sua missão, Hansen voltou definitivamente para a Bahia, onde ficou até sua morte em 1978.
O artista expôs duas vezes em Brasília: em 1973, com a mostra “Novos Trabalhos”; e em 1976, com “Retrospectiva”, exposição promovida pela Embaixada da Alemanha no Touring Club do Brasil, ocasião na qual Hansen ofereceu sua obra, por meio de testamento, à cidade de Cachoeira, instituindo a Fundação Hansen Bahia.
Serviço:
Exposição “Hansen Bahia – Restauração do Acervo – 73 Obras”
Local: Galeria da Caixa (Rua Conselheiro Laurindo, 280, Centro)
Data: Abertura 21 de julho, às 19h30. A exposição permanecerá aberta até o dia 16 de agosto de 2009
Horários de visitação: de terça a sábado das 10h às 21h, e domingos das 10h às 19h
Entrada franca para a exposição
Classificação etária: Livre
Informações: 2118-5114 / 2118-5410
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