sábado, 22 de maio de 2010

Adeus ao poeta Damário da Cruz


Amigos,familiares, artistas, autoridades e pessoas simples do povo se despediram ontem à tarde do poeta Damário da Cruz, morto aos 56 anos. O corpo do poeta fundador do Pouso da Palavra, um centro irradiador de cultura no Centro Histórico de Cachoeira, foi velado no Salão Nobre da Câmara de Vereadores. Antes do sepultamento no Cemitério da Piedade, amigos prestaram homenagens a Damário da Cruz. No ato religioso que antecedeu ao sepultamento, o cônego Hélio Cezar Leal Vilas-Boas lembrou a criatividade do poeta.
Familiares do poeta Damário da Cruz continuam recebendo muitas manifestações de pesar pelo seu falecimento, a exemplo da cachoeirana Jaci Lara que enviou a mensagem abaixo:

"Sou Jaci Lara, cachoeirana de coraçao, batalhadora da cultura. Agora vivo na Espanha onde estudo em um doutorado em turismo sustentável, mas apesar da distancia a conexao com a minha terra nunca deixou de existir.

Agora, diante da ausencia de Damário, me sinto órfa de uma cultura que também a aprendi a valorizar com ele e outros mestres.

Nao tenho palavras e à distancia só me resta a dor de chorar por nao ter a oportunidade de haver estado com ele nesses ultimos momentos.

Dam, era um grande amigo e um ídolo, um espelho para onde eu sempre tinha mirar.

SAUDADE. Nao sei se há outra palavra que expresse este momento. SAUDADE.

Um abraço a voce e a todos

Jaci Lara Oliveira


Um soneto a Damario (adaptaçao da Poesía de Pablo Neruda)


AMIGO, NO TE MUERRAS!

Óyeme estas palabras que me salen ardiendo,
y que nadie diría si yo no las dijera.


AMIGO, NO TE MUERRAS!

(...)
El río desatado rompe a llorar y a veces
se adelgaza su voz y se hace pura y trémula.

Retumba, atardecida, la queja azul del agua.

(...)

AMIGO, NO TE MUERRAS!

_______________________________________________________________________
* desculpe, mas estou usando um teclado espanhol que nao possui a mesma pontuaçao e acentos do portugues.