Prefeito Carlos Pereira |
Vista panorâmica de Cachoeira Foto: Jomar Lima |
No dia 13, data do
aniversário da cidade, será feriado municipal.
A data será lembrada na Câmara de
Vereadores, coma realização de sessão solene, tendo como orador o jornalista
Robson do Val, tetraneto do professor , jornalista e abolicionista cachoeirano Augusto Mota.
Após a sessão, está previsto o lançamento do romance Roma Negra, de autoria de
Robson do Val, inspirado em fatos reais
ocorridos no período pré-abolicionista em Cachoeira. Ainda na oportunidade o prefeito do município Carlos Pereira fará a entrega
simbólica do material escolar do Sistema
de Ensino Positivo aos alunos da rede
municipal.
Consta ainda da programação dos 176 anos de
Cachoeira, a reabertura da Sala de Pesquisa do Arquivo Público Municipal,
considerado um dos mais importantes do País, devido ao seu acervo raro de documentos
datados do séculos 17, 18, 19 e 20. Em seguida, o prefeito Carlos Pereira fará a reabertura do
Campo da Manga, tradicional campo de futebol da cidade, totalmente
requalificado e com grama sintética.
Enquanto isso, diversas manifestações culturais vão agitar a cidade em
diferentes locais.
Cachoeira chega aos 176
anos de existência enfrentando diversos
desafios para preservar a sua identidade
de cidade histórica, distinguida com o título Monumento Nacional desde 1971. O
prefeito de Cachoeira, Carlos Pereira, considera que o principal desafio do seu governo é trabalhar pelo
desenvolvimento da cidade sem descaracterizar o seu patrimônio arquitetônico. “ Não podemos pensar em desenvolvimento para Cachoeira sem
respeitar as suas características de cidade histórica, com sua origem no século
17”, disse Pereira. Para o prefeito o
projeto de desenvolvimento socioeconômico de Cachoeira deve valorizar a sua riqueza cultural e patrimonial. O turismo cultural é a principal vocação de
Cachoeira, por isso temos que preservar e valorizar essa identidade que faz a cidade ser diferenciada”, enfatizou Carlos
Pereira.
Importância histórica – Situada no recôncavo
baiano, às margens do Rio Paraguaçu, sua história se faz presente nos velhos casarões, restaurados, nos
azulejos das igrejas e nas cores e sabores de sua culinária que remetem ao
período colonial. Os detalhes da
arquitetura barroca, a centenária ponte metálica D. Pedro II que liga Cachoeira
São Félix sobre o Paraguaçu e conjunto
de tradições das comunidades afrodescendentes, festas religiosas, a como a
Festa de Nossa Senhora da Boa Morte,
manifestação de origem católica mesclada
com traços das religiões de matrizes
africanas, artesanato e culinária, tornam Cachoeira um lugar muito especial.
A cidade surgiu no século 17, ao lado de uma colina onde havia um
assentamento em torno de e de capela conjugados a um engenho da
família de Paulo Dias Adorno. O
povoado se espalhou pelas margens do
Paraguaçu, onde havia apena um alambique. Cachoeira teve o seu apogeu econômico nos séculos 18 e 19, quando seu porto era
utilizado para exportação de açúcar e
também de fumo para a Europa. Por estar situada entre o
litoral e o sertão, Cachoeira se tornou importante entreposto comercial, unindo
as duas regiões e facilitando o escoamento de alimentos, o transporte de gado e
de minerais. A cidade atrai turistas do mundo todo, por ser importante centro
da cultura afrobrasileira. A presença dos afrodescendentes é um dos motivos da
diversidade cultural popular. A Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, por
exemplo, é formada até os dias de hoje somente por mulheres negras e sua origem
remonta à época das escravas alforriadas.
Considerada um das joias do patrimônio histórico
brasileiro, a cidade recebeu, em 1971, o titulo de Monumento Nacional,
concedido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional(Iphan). Com esse reconhecimento, a responsabilidade
do Poder Público com memória da cidade
cresceu. As ações mais incisivas, além do tombamento ganham corpo, como por exemplo as ações do Programa Monumenta do Governo Federal, através do Iphan restaurou importantes monumentos de Cachoeira como o prédio da Câmara e Cadeia Pública, Conjunto
do Carmo, Igreja da Matriz, Capela da Ajuda, Igreja do Rosarinho e Cemitério
dos Nagôs, além de restaurar e
requalificar o Quarteirão Leite Alves para abrigar ao Centro de Artes
Humanidades e Letras (CAHL) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia(Ufrb).