Estava eu, numa modesta casa de campo, tirando um cochilo numa velha rede instalada na varanda, quando fui tirada dos braços de Morfeu, por um potente equipamento de som de um automóvel, que tocava de forma estridente, a pérola da novissíma música baiana "Esfrega a Xana no Asfalto"- não sei ao certo se é este mesmo o título de tal primor criativo-. Cerrei o olhos e comecei a imaginar a cena da xana sendo esfregada no asfalto. Se, a voz de comando do cantor for seguida à risca, de acordo o número de vezes que ele ordena que a xana seja esfregada no asfalto, ao término da execução da música, a coitada estará esfolada, dilacerada, em estado de miséria. Nunca mais terá serventia para nada. Pobre xana.