sexta-feira, 4 de novembro de 2011

II Festival de Arte-Educação do CRIA apresenta espetáculos teatrais com entrada gratuita


Teatro, educação e intercâmbio cultural são a tônica do II Festival de Arte-Educação “A Cidade CRIA Cenários de Cidadania”, que acontece entre os dias 11 e 16 de novembro em vários pontos do Centro Histórico e no Solar Boa Vista (Engenho Velho de Brotas). Inteiramente gratuita, a programação inclui a apresentação de espetáculos que reúnem teatro, dança, poesia e música, além da realização de rodas de conversa com pesquisadores e multiplicadores da arte-educação da Bahia e de outros estados.

Realizado pelo Centro de Referência Integral de Adolescentes (CRIA) em parceria com o Vivo EnCena, programa cultural da Vivo para as artes cênicas, o festival é definido pela diretora de arte do CRIA, Maria Eugênia Milet, como um espelho para a cidade. “Nosso desejo é dar potência para essa vizinhança do Centro Histórico, para que possam mostrar sua cultura, seus anseios, construindo uma revitalização humana para a região, que estando na origem da cidade, hoje, pode servir para revelá-la”, explica Maria Eugênia.

Para Expedito Araujo, curador artístico do programa cultural Vivo EnCena, “é uma honra patrocinar este festival, que possui as mesmas preocupações da Vivo em conectar as pessoas para refletir, inovar e transformar, estimulando a nossa capacidade de pensar a sociedade e a nós mesmos por meio da cultura e da cidadania”.

A abertura do festival acontece no dia 11 de novembro, com a apresentação do espetáculo “Quem me ensinou a nadar?”, do grupo Iyá de Erê, do próprio CRIA. A peça se passa no Pelourinho, mostrando a vida das mulheres e a relação do cotidiano atual com o tempo dos navios negreiros, e será encenada no Espaço Unibanco Glauber Rocha (Praça Castro Alves), às 19 horas, com acesso livre até a lotação da sala.

Além dos grupos de teatro e poesia do CRIA, a programação artística inclui projetos comunitários de artes cênicas dos bairros de Cosme de Farias, Paripe, Engenho Velho de Brotas, Sussuarana e Arenoso. O festival conta ainda com a presença dos grupos do Beco e Tapajós, de Belo Horizonte e do Oeste do Pará, respectivamente.

A peça “Um dia... Um quintal”, do grupo Mais de Mil do Centro de Referência Integral de Adolescentes, encerra a série de espetáculos no dia 15, às 18h, no Teatro do Solar Boa Vista, abrindo caminho para outros diálogos. Ao longo do dia 16 de novembro, entre 9h e 18 horas acontece o Seminário Arte-educação em Rodas de Conversa, sediado na Faculdade de Medicina da Bahia (Largo do Terreiro de Jesus). Com participação de um dos pioneiros da arte-educação no Brasil, Ilo Krugli, as rodas abordam “Teatro comunitário” e “Teatro e educação”.

O festival se encerra com o cortejo “Diga aí povo do Pelô”, que segue pelas ruas do Centro Histórico a partir das 16h30. Entre os convidados para a animada caminhada estão o grupo cultural Samba de Lata de Tijuaçu, Escola de Dança da Funceb, Projeto Axé, Eletrocooperativa, TV Pelourinho, Olodum, Movimento Sem Teto e outras entidades locais com as quais o CRIA tem trabalhado.