sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Guarida pompom

O discurso é cheio de pruridos éticos, mas a prática é a mesma de todos os políticos tradicionais e clientelistas. Um sujeito metido a político que tem dado sinais de ser autista dizia há até pouco tempo que algumas pessoas torciam para o êxito de determinados políticos para ter a "guarida do poder". Isso foi dito em tom de repreensão à prática do nepotismo, compadrismo e outros ismos. Para provar que nem sempre se fala o que se pratica, o tal sujeito, na primeira chance que teve, revelou o seu lado nepótico. Aproveitando a ascensão do PT ao governo do estado, tratou logo de beneficiar um membro da família com uma função num órgão público. Se fosse o sobrinho dos outros, era "oportunismo, para dar guarida a desempregado", mas como o felizardo apadrinhado é seu sobrinho "é um profissional muito competente, que está ajudando a gestão do órgão público". Profissionais competentes com currículos recheados de especializações, pelo bom senso não largariam suas boas oportunidades em sua área, para tomar lugar de funcionário pai de família, sem formação universitária no interior, e que talvez não recebesse um salário mensal de R$ 1 mil. Cá prá nós, este espírito altruísta de colaborador, é papo prá boi dormir. Acho mesmo que tinha gente, lá por Salvador, arrastando lata, batendo biela, chutando a cachorrinha. Manera pompom, manera...