O aniversário de 171 anos de Cachoeira, uma das mais importantes cidades históricas da Bahia, distante
À noite na Praça 25 de Junho, no centro histórico, várias bandas e cantores vão se apresentar a partir das 22 horas em homenagem ao aniversário de Cachoeira. A festa começa com Nenho e os seus Teclados, seguido do grupo Fantasmão e para encerrarde J. Araújo. A programação festiva se estenderá até domingo (16). Estão previstas apresentações como as bandas Voa Dois, Leva Nós, Chicana, Raghatoni, Agita Samba, além dos sambas de roda Filhos do Caquende e Esmola Cantada, entres outras atrações. A programação dos 171 anos de Cachoeira também inclui campeonatos de futebol, vôlei, basquete e exibição de capoeira.
Pela importância do seu conjunto arquitetônico em estilo colonial, considerado um dos mais harmônicos da América Latina, Cachoeira foi distinguida com o título de Monumento Nacional em 18 de janeiro de 1971 por decreto presidencial e tombada pelo IPHAN. Graças a essa iniciativa, o seu acervo arquitetônico composto de belos sobrados e igrejas dos séculos XVII e XVIII, foram preservados. Atualmente, Cachoeira que foi elevada á categoria de cidade no dia 13 de março de 1837, com a denominação de Heróica Cidade da Cachoeira, em reconhecimento pela participação de seu povo nas lutas pela Independência da Bahia em 1822 e 1823, passa por um momento importante de boas perspectivas para o reaquecimento da sua economia. Aos 171 anos, Cachoeira também poderá ser reconhecida como Patrimônio da Humanidade título concedido pela Unesco. Para isso, diversos segmentos da população estão aproveitando a Data Magna da cidade para deflagrar a campanha pelo tombado de Cachoeira como Patrimônio da Humanidade.
O Programa Monumenta do Ministério da Cultura com financiamento do BID- Banco Interamericano de Desenvolvimento, com contrapartida do governo federal e estadual está investindo recursos na restauração do patrimônio da cidade histórica. Diversas igrejas e prédios públicos já foram restaurados pelo Programa que também abriu uma linha de crédito especial para a restauração de imóveis particulares. Para o prefeito de Cachoeira, Fernando Antônio da Silva Pereira, a cidade vive um grande momento da sua história recente. “Os investimentos do Monumenta e as ações da prefeitura municipal têm garantido o emprego de muitos trabalhadores e o aquecimento do comércio. Tudo isso vem se refletindo positivamente na economia do município e também na vida da população”, assinalou o prefeito. Fernando Antônio cita ainda como um dos fatores que está contribuindo para dar uma nova dinâmica à Cachoeira, a instalação do campus da UFRB-Universidade Federal do Recôncavo da Bahia na cidade.
“A população ainda não está sentindo o impacto da presença de uma universidade, mas daqui a alguns anos, todos os segmentos sociedade irá se beneficiar com o funcionamento pleno da UFRB. Desta opinião, também compartilha o advogado José Luiz da Anunciação Bernardo, para quem a implantação da UFRB na cidade, representa o mais significativo investimento público para o desenvolvimento de Cachoeira, desde a inauguração da Ponte D. Pedro II em 1885 sobre o Rio Paraguaçu que permitiu a ligação entre o litoral e o até então inexplorado sertão baiano. “ A UFRB sem dúvida será um marco para a retomada do desenvolvimento de Cachoeira e do Recôncavo dentro de poucos anos”, avalia otimista o advogado Bernardo.
HISTÓRICO
Esses acontecimentos, marcos das etapas por que atravessou a Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira do Paraguaçu, talvez não sejam suficientes para dar a idéia clara do estado de desenvolvimento em que se encontrava em fins do século XVII. Com o crescimento da economia açucareira e da atividade comercial, a vila foi prosperando, principalmente nos séculos XVII e XVIII, quando se construíram belas casas, igrejas e conventos, valiosas peças da arquitetura de influência barroca que ainda se conserva.
Graças à sua localização privilegiada, na fronteira entre duas regiões: o Recôncavo e Sertão. Para ela convergiam duas importantes vias: a Estrada Real do Gado, que atingia a zona de criação e as barrancas do São Francisco, e a estrada das Minas, partindo da vizinha São Félix se dirigia à Chapada Diamantina, Minas e Goiás. Como ponto de transbordo das vias fluvial e terrestre transformou-se em empório de uma vasta região. Durante o século XVIII, a cidade experimentou grande desenvolvimento, quando era alto o preço do açúcar e abundante o ouro do rio de Contas.
Já consolidada como vila de maior importância da província, Cachoeira projetou-se também na história política do Brasil, pelas lutas pela independência da Bahia e do Brasil, em 1822.
Em 20 de abril de 1826, o imperador D. Pedro I, assinou a Lei Imperial n° 64, elevando a vila à categoria de cidade, com a denominação de Nobre Cidade do Paraguaçu. Para isso, o Imperador fez as seguintes exigências: construção de uma ponte sobre o Rio Paraguaçu ligando Cachoeira à São Félix, construção do Cais do Porto, implantação de um colégio público no Seminário de Belém e a criação da Santa Casa de Misericórdia.
Cachoeira foi elevada à categoria de cidade, no dia 13 de março de 1873, mediante Lei Provincial n° 43. Graças a seu rico patrimônio arquitetônico e paisagístico dos mais importantes da América Latina, converteu-se