segunda-feira, 28 de junho de 2010

Banco de Sangue de Cordão Umbilical chega a todas as regiões do País por Secom em 25/06/2010 19:33hs

Em 2000, apenas 10% dos transplantes eram realizados com doadores nacionais, hoje, esse número passou para 64%. O número de inscritos no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) saltou de 12 mil para 1,6 milhão


Todas as regiões do Brasil contam com unidade da Rede de Bancos Públicos de Sangue de Cordão Umbilical (Rede BrasilCord). A região Norte recebeu na quinta-feira (24), em Belém (PA), o nono banco de 13 que estão sendo espalhados pelo País. A ampliação da rede tem o objetivo de aumentar as chances de realização de transplantes de medula óssea. Em 2000, apenas 10% dos transplantes eram realizados com doadores nacionais, hoje, esse número passou para 64%. O número de inscritos no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) saltou de 12 mil para 1,6 milhão.

O investimento médio no banco de sangue de Belém foi de R$ 3,5 milhões e a nova unidade tem capacidade para até 3.600 bolsas de sangue de cordão. Como os demais, o novo banco foi viabilizado com R$ 31,5 milhões obtidos por convênio com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2008. A Fundação do Câncer administra financeiramente o projeto, que é implementado em parceria com o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

A Rede BrasilCord, hoje, é abastecida com material genético das populações das mais diversas regiões do País. A meta é atingir, até 2011, 13 bancos. “A intensa miscigenação étnica da população brasileira dificulta a localização nos registros de doadores voluntários existentes”, afirma o diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea do Inca e coordenador da Rede BrasilCord, Luís Fernando Bouzas.

Criada em 2004, a Rede BrasilCord prevê ainda a inauguração de bancos no Rio Grande do Sul, em Pernambuco e em Minas Gerais. A expectativa é armazenar, nos próximos anos, 65mil unidades de sangue de cordões umbilicais – quantidade considerada ideal para a demanda de transplantes no País, somada à colaboração dos doadores voluntários de medula. “A expansão da Rede BrasilCord amplia a capacidade de se encontrar doadores não-aparentados para transplantes”, ressalta o superintendente da Fundação do Câncer, Jorge Alexandre dos Santos Cruz.