Construído com recursos do Ministério da Cultura e governo
federal por meio do Programa Monumenta, financiamento do BID(Banco
Interamericano de Desenvolvimento) ,e contrapartida do Governo do Estado, o campus
da UFRB(Universidade Federal do Recôncavo da Bahia) em Cachoeira é um péssimo
exemplo de conservação no centro histórico
da cidade tombada com a distinção de Monumento Nacional pelo IPHAN(Instituto do
Patrimônio Histórico, Artístico Nacional). A obra foi inaugurada em 25 de maio
de 2009 com a presença do então presidente Lula. Foram investidos no projeto
recursos no valor de R$ 8 milhões.
As instalações,
identificado como o Quarteirão Leite Alves, até as intervenções do Programa
Monumenta, executadas com acompanhamento e fiscalização do IPHAN(Instituto do
Patrimônio Histórico, Artístico Nacional) e IPAC(Instituto do Patrimônio Artístico
e Cultural) transformaram uma antiga
ruína de uma fábrica de charutos num moderno espaço para a abrigar o CAHL (Centro de Artes,
Humanidades e Letras) da UFRB, onde funciona entre outros , os cursos
Museologia, História e Artes Visuais. No entanto, o prédio que deveria servir de
referência para a população de Cachoeira, como exemplo de conservação e preservação
da memória, já apresenta avançados sinais de degradação na fachada e no interior. Internamente, parte das paredes da área de convivência estão recobertas com pichações.
Basta um rápido olhar para o Quarteirão Leite Alves, para se
ter a dimensão do péssimo estado de conservação do imóvel. Paredes laterais do prédio histórico, exibem diversas pichações. A pintura da fachada também está bastante estragada. Há meses, um acidente com um automóvel, destruiu
metade de porta do prédio que dá acesso à Rua Maestro Irineu Sacramento, e até
hoje, a parte estragada não foi
devidamente substituída. Um pedaço de
madeira sem pintura foi colocado no lugar da porta destruída em consequência do referido acidente.
De acordo com as autoridades envolvidas
na execução do Programa Monumenta, a proposta de recuperação visou
principalmente requalificar um conjunto importante, do ponto de vista histórico
e do desenho urbano da cidade, que se encontrava subutilizado e com ocupações
inadequadas para o seu porte. Antes das reformas, mantinham-se apenas as
fachadas e algumas alvenarias dos prédios.Ainda conforme essas autoridades, o objetivo dos investimentos nas obras do Quarteirão Leite Alves e de outros imóveis na cidade de Cachoeira, foi o de promover a recuperação sustentável de imóveis tombados. “Enquanto restaura obras, o programa busca conciliar esta ação com a sustentabilidade dos sítios históricos, motivando seus usos econômico, cultural e social”, enfatizavam durante o ato de inauguração do CAHL.