domingo, 8 de setembro de 2013

Falta de conservação Campus da UFRB em Cachoeira depõe contra a preservação da cidade histórica



 
Construído com recursos do Ministério da Cultura e governo federal por meio do Programa Monumenta, financiamento do BID(Banco Interamericano de Desenvolvimento) ,e  contrapartida do Governo do Estado, o campus da UFRB(Universidade Federal do Recôncavo da Bahia) em Cachoeira é um péssimo exemplo de conservação  no centro histórico da cidade tombada com a distinção de Monumento Nacional pelo IPHAN(Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico Nacional). A obra foi inaugurada em 25 de maio de 2009 com a presença do então presidente Lula. Foram investidos no projeto recursos no valor de  R$ 8 milhões.
  As instalações, identificado como o Quarteirão Leite Alves, até as intervenções do Programa Monumenta, executadas com acompanhamento e fiscalização do IPHAN(Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico Nacional) e IPAC(Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural) transformaram  uma antiga ruína de uma fábrica de charutos num moderno  espaço para a abrigar o CAHL (Centro de Artes, Humanidades e Letras) da UFRB, onde funciona entre outros , os cursos Museologia, História e  Artes Visuais.  No entanto, o prédio que deveria servir de referência para a população de Cachoeira, como exemplo de conservação e preservação da memória, já apresenta avançados  sinais de degradação  na fachada  e no interior. Internamente,  parte das paredes da área de convivência  estão recobertas com  pichações.
Basta um rápido olhar para o Quarteirão Leite Alves, para se ter a dimensão do péssimo estado de conservação do imóvel.  Paredes laterais do prédio histórico,  exibem diversas pichações.  A pintura da fachada também está  bastante estragada.  Há meses, um acidente com um automóvel, destruiu metade de  porta do prédio  que dá  acesso à Rua Maestro Irineu Sacramento, e até hoje,  a parte estragada não foi devidamente  substituída. Um pedaço de madeira  sem pintura  foi colocado no lugar da porta destruída  em consequência do referido acidente.
De acordo com as autoridades envolvidas  na execução do Programa Monumenta, a proposta de recuperação visou principalmente requalificar um conjunto importante, do ponto de vista histórico e do desenho urbano da cidade, que se encontrava subutilizado e com ocupações inadequadas para o seu porte. Antes das reformas, mantinham-se apenas as fachadas e algumas alvenarias dos prédios.
 Ainda conforme essas autoridades, o  objetivo  dos investimentos nas obras  do Quarteirão Leite Alves e de outros imóveis na cidade de Cachoeira, foi o de promover a recuperação sustentável de imóveis tombados. “Enquanto restaura obras, o programa busca conciliar esta ação com a sustentabilidade dos sítios históricos, motivando seus usos econômico, cultural e social”, enfatizavam durante o ato de inauguração do  CAHL.