segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

"Quem não se comuncia, se trumbica..."

Na nota postada por mim "Cadê as cartilhas?", sobre as tais cartilhas que serviriam para ações de educação patrimonial produzida pelo IPHAN em conjunto com segmentos da comunidade, eu chamei a atenção da dificuldade que os técnicos do IPHAN têm para dialogar com a comunidade cachoeirana. Pelo visto, o entrave na comunicação não é só com os cachoeiranos. Acabo de receber um telefonema de um profissional da imprensa que ligou para a 7ª Superintendência Regional do IPHAN, em Salvador, a fim de obter informações sobre o recente roubo de imagens sacras do Convento de São Francisco do Paraguaçu.

A ligação teria sido cedo, tempo hábil suficiente para um jornalista preparar uma matéria para ser publicada no dia seguinte. Ocorre que informaram que o superintendente Leonardo Falangola "estava em reunião" e somente às 17 horas, ligaram retornando do IPHAN, quando a matéria já estava em processo de edição.

Isso também já ocorreu comigo várias vezes quando infelizmente apresentei um programa de rádio. Nós ligávamos para pedir informações e, a então superintendente da época, de prenome Etelvina sempre estava "em reunião". Uma das tentativas de falar com o pessoal do IPHAN foi quando a prefeitura, na gestão passada, pintou o Chafariz Imperial com tinta da cor de pêssego. Dona Etelvina não quis conceder entrevista para esclarecer por que o IPHAN havia permitido a pintura. No entanto, são muito ágeis quando o assunto é da conveniência do órgão e não da sociedade.
Por que esse pessoal do IPHAN é tão avesso à comunicação com a sociedade? Perguntar não ofende.