Escrever
uma nota formal sobre a morte de um colega de profissão, como
representante da categoria, é o caminho mais comum. Mas, com o perdão
dos colegas vou lamentar a partida de uma pessoa especial, com quem tive
o prazer de conviver profissionalmente, nos nossos encontros nos
eventos da categoria ou nos bate-papos que pude desfrutar por telefone
em meio a nossa agitada rotina.
Como
repórter de defesa do consumidor, atazanava a pobre Lúcia com queixas
sobre os serviços da Telemar, depois Oi. Nunca a vi perder a paciência
ou a doçura para admitir os erros da empresa ou para corrigir as
informações que eu acreditava estarem corretas. Surgiu dai uma simpatia,
o compartilhamento de problemas pessoais e a admiração por uma mulher
forte, que passou por grandes sofrimentos e aflições, como diria Chê
Guevara, sem perder a ternura.
Com
doçura e alegria ela prosseguiu por outros caminhos na Secom da
Prefeitura de Salvador onde sua ajuda também foi indispensável e pudemos
manter contato sempre que possível. Mas, a partir de determinado
momento deu-se uma separação, causada pela própria doença, que hoje
venceu essa nossa guerreira.