sábado, 30 de agosto de 2014

Casa da Cultura Américo Simas: Espaço da diversidade de São Félix




É nas instalações do antigo setor de embalagens da Fábrica de Charutos Dannemann, que  as  diversas manifestações culturais do povo de São Félix tem ali o seu porto seguro, desde 1984, ano da inauguração da Casa da Cultura Américo Simas. Naquele espaço, onde outrora homens e mulheres trabalhavam para atender as demandas da indústria fumageira, a rotina nos dias de  hoje é marcada pelo incentivo a  arte, a cultura e a preservação da identidade, também como uma forma criativa de ganhar a vida.
A Casa da Cultura Américo Simas abriga a Puxada de Rede, uma das mais belas manifestações populares do Recôncavo;bonecos gigantes e a Burrinha.  As oficinas de capoeira, percussão, dança e os grupos de produção de artesanato e os encontros dos samba de roda , movimentam diariamente o local. Também é na Casa da Cultura,  batizada pela sua diretora Beatriz Conceição como a “Casa Mãe”, são realizados  ensaios de espetáculos  teatrais, a exemplo da encenação da Paixão de Cristo.
Os figurinos e os cenários dos espetáculos também são confeccionados no mesmo espaço, que ainda guarda o Carro da Cabocla, símbolo cívico da Independência da Bahia. Reuniões, eventos, shows, exibição de filmes, palestras, exposições, cursos fazem parte da rotina da Casa da Cultura Américo Simas, criada pelo então prefeito de São Félix, Eduardo José de Macedo.

A “Casa Mãe” reserva ainda um cantinho sossegado para o mestre Isaías, dar asas a sua imaginação e criar dezenas de peças com a reciclagem de papel jornal. Ali também, Daniel Moreira da Conceição, constrói seus barquinhos  e carros de madeira. Beatriz Conceição é a diretora da Casa da Cultura Américo Simas e a principal guardiã da memória do local. “Aqui é o ponto de referência das manifestações populares e da criatividade da população de São Félix”, fala enquanto  caminha mostrando cada pedaço do imóvel. A Casa da Cultura esteve na iminência de fechar as portas entre os anos 2002 e 2003. Nessa época houve uma intervenção para a recuperação do telhado que ameaçava desabar”, lembra Beatriz.
“A Casa da Cultura Américo Simas ainda  necessita de restauração, mas continua com as suas atividades, mesmo enfrentando algumas dificuldades para seguir como polo irradiador da cultura de São Félix”, conclui a diretora, demonstrando força e determinação para continuar lutando pela revitalização do local.