sexta-feira, 15 de julho de 2011

Como é fácil pedir aumento!


Vamos iniciar nosso papo falando sobre um assunto que a maioria dos profissionais acredita que merece, que tem que ter sempre e, ao tratar dele, se posiciona como um pedinte. Vou falar a vocês como um profissional deve se colocar na conversa no momento de pedir um aumento.

O primeiro ponto é que antes de iniciar qualquer vínculo empregatício tem que estar muito bem claro, definido e apresentado às partes envolvidas, empregador e empregado, qual é a política de salários, benefícios e recompensas que a empresa pratica. E sempre que houver alguma mudança e/ou alteração dessa política, todo o quadro funcional tem que estar ciente. Não pode haver dúvidas! Caso sua empresa nunca tenha lhe apresentado estas regras, sugira um movimento neste sentido.

Tenha sempre em mãos o seu caderninho de resultados pessoais. Mas, o que é esse “caderninho” de resultados pessoais? É o lugar onde você registra a sua trajetória de resultados gerados e agregados ao seu trabalho e à organização onde trabalha. Afinal, você não vai pedir um aumento se você não o fizer por merecer. Tenha argumentos concretos para as suas justificativas. Nada de questões pessoais – parta para os resultados que gerou. Se não gerou, ponto negativo para você! E nem comece a conversa.

Estude e monitore como está o mercado de atuação da sua empresa. De nada vai adiantar você questionar a sua real competência se o mercado de forma geral está em crise – daí a importância de monitorar o seu mercado de atuação. Analise também como está a sua empresa no mercado local, regional, nacional e/ou global. Aqui vale o mesmo princípio do parágrafo anterior: de nada vai adiantar você ser merecedor se a empresa não tiver caixa para pagá-lo.

Quando for comparar o seu salário com o do colega da mesma empresa, ou de outra do mercado, tenha a certeza de que vocês estão nos mesmos parâmetros para comparação. Quando falo parâmetros digo maturidade, responsabilidade, resultados, mercado, empresas no mesmo patamar de faturamento, complexidade de atividades, enfim todas as nuances que uma pesquisa de cargos e salários leva em conta para fazer um alinhamento correto.

Tenha muito cuidado com as fontes da Imprensa e dos Conselhos Regionais de uma forma geral. Elas geralmente fornecem um parâmetro que não pode ser considerado como verdade absoluta. Também é importante analisar se somente o seu atual empregador tem a obrigação de suprir em 100% as suas necessidades – ou você também pode criar fontes de renda alternativas que podem trazer uma tranquilidade e conforto para você, sem necessariamente correr o risco de deixar aquela organização onde você se sente tão bem.

Faça alguns ensaios com o companheiro(a) e/ou colega e tente levantar todos os argumentos contra e a favor das suas justificativas. Repita mais algumas vezes e se sinta seguro para a conversa e para defender os seus pontos de vista, argumentações e resultados gerados. Desejo sorte e um bom happy hour para você! (Márcio Lopes, Gente& Mercado)