24 de Setembro de 2012 01:13 |
GUILHERME FIUZA
O julgamento do mensalão está pondo a democracia em risco, porque está
todo mundo vendo. O alerta do secretário de comunicação do PT, André
Vargas, deputado pelo Paraná, é preocupante. Ele denuncia as
transmissões ao vivo do Supremo Tribunal Federal como um perigo para as
instituições, as pessoas e os partidos. Esse negócio de ficar mostrando
as coisas como elas são, na hora em que acontecem, ainda vai dar
problema.
Tudo era muito melhor antes de Roberto Jefferson abrir a janela e deixar a luz entrar. Na penumbra, sem ninguém de fora ver nada, a democracia estava mais protegida. Os negócios patrióticos que corriam de lá para cá pelo valerioduto teriam prosperado, e certamente haveriam pulado da casa dos milhões para a dos bilhões. No que a TV mostrou e a imprensa publicou, aquele promissor projeto nacional escorreu pelo ralo. Um prejuízo incalculável.
André Vargas diz que o julgamento no STF virou “quase um Big Brother da Justiça”. Com a habilidade de comunicador que fatalmente tem um secretário de comunicação, ele sugere que aquilo que se passa na corte suprema do país é uma palhaçada. Sua imagem nos permite imaginar que, a qualquer momento, os juízes tirarão suas capas e mergulharão de sunga na piscina, exibindo seus músculos, seus planos para a festinha de logo mais e suas intrigas para jogar o colega ao lado no paredão.
Continue lendo esta coluna na edição de ÉPOCA que está nas bancas e também no seu tablet (baixe o aplicativo)
GUILHERME FIUZA é jornalista. Publicou os livros Meu nome não é Johnny, que deu origem ao filme, 3.000 dias no bunker e Amazônia, 20º andar. Escreve quinzenalmente em ÉPOCA gfiuza@edglobo.com.br
Tudo era muito melhor antes de Roberto Jefferson abrir a janela e deixar a luz entrar. Na penumbra, sem ninguém de fora ver nada, a democracia estava mais protegida. Os negócios patrióticos que corriam de lá para cá pelo valerioduto teriam prosperado, e certamente haveriam pulado da casa dos milhões para a dos bilhões. No que a TV mostrou e a imprensa publicou, aquele promissor projeto nacional escorreu pelo ralo. Um prejuízo incalculável.
André Vargas diz que o julgamento no STF virou “quase um Big Brother da Justiça”. Com a habilidade de comunicador que fatalmente tem um secretário de comunicação, ele sugere que aquilo que se passa na corte suprema do país é uma palhaçada. Sua imagem nos permite imaginar que, a qualquer momento, os juízes tirarão suas capas e mergulharão de sunga na piscina, exibindo seus músculos, seus planos para a festinha de logo mais e suas intrigas para jogar o colega ao lado no paredão.
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GUILHERME FIUZA é jornalista. Publicou os livros Meu nome não é Johnny, que deu origem ao filme, 3.000 dias no bunker e Amazônia, 20º andar. Escreve quinzenalmente em ÉPOCA gfiuza@edglobo.com.br