sexta-feira, 14 de setembro de 2012

STF condena mais uma renca do bando do mensalão do petê



STF julga mensalão, 23º dia; Ministros condenam oito por lavagem de dinheiro
O Estado de S.Paulo
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) condenaram oito réus pelo crime de lavagem de dinheiro nesta quinta-feira, 13, no processo do mensalão. Foram condenadas as cúpulas do Banco Rural e da agência de publicidade SMP&B. Apenas Ayanna Tenório, ex-funcionária do banco, e Geiza Dias, que trabalhava na agência, foram absolvidas.
Os condenados são Marcos Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, sócios da SMP&B, além de Simone Vasconcelos, diretora financeira da empresa, e Rogério Tolentino, então advogado da agência. Do Banco Rural, foram condenados José Roberto Salgado, Kátia Rabello e vinícius Samarane.
A ministra Rosa Weber votou ainda pela absolvição do deputado João Paulo Cunha (PT-SP) da acusação de lavagem de dinheiro e pela condenação do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato pelo mesmo crime. A posição dela sobre estes réus havia ficado pendente no capítulo anterior, mas não alterou a definição do julgamento.
Votos
A condenação de Paz, Valério, Hollerbach, Simone, Kátia e Salgado se deu de forma unânime, assim como a absolvição de Ayanna. Os ministros divergiram, porém, quanto a Samarane e Tolentino, condenados por maioria. O ex-dirigente do Banco Rural recebeu votos de absolvição do ministro revisor Ricardo Lewadowski e do ministro Marco Aurélio. Já o advogado da SMP&B foi absolvido apenas por Lewandowski e pelo ministro Dias Toffoli.
Mas as maiores diferenças se deram com Geiza. O relator Joaquim Barbosa, Luiz Fux e Celso de Mello votaram pela condenação da ex-funcionária da SMP&B, enquanto os demais a consideraram inocente, seja por falta de provas ou por considerar que ela não tinha conhecimento do esquema.
Os ministros voltam a se reunir na segunda-feira para tratar do item 6 da denúncia, referente aos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha por parte dos agentes da base aliada do governo.