Por Ana Clara Costa, na VEJA.com:
O fraco resultado da economia brasileira no segundo trimestre sepultou a permanência do Brasil como sexta maior economia do mundo – posto que havia sido atingido no início do ano com o anúncio dos resultados econômicos de 2011, desbancando o Reino Unido. Ainda que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, mostre um estranho otimismo em relação aos próximos trimestres, o resultado atual – alta de 0,5% no PIB no primeiro semestre – coloca o país de volta à sétima posição, atrás de Grã-Bretanha, França, Alemanha, Japão, China e Estados Unidos.
O fraco resultado da economia brasileira no segundo trimestre sepultou a permanência do Brasil como sexta maior economia do mundo – posto que havia sido atingido no início do ano com o anúncio dos resultados econômicos de 2011, desbancando o Reino Unido. Ainda que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, mostre um estranho otimismo em relação aos próximos trimestres, o resultado atual – alta de 0,5% no PIB no primeiro semestre – coloca o país de volta à sétima posição, atrás de Grã-Bretanha, França, Alemanha, Japão, China e Estados Unidos.
Segundo dados da Economist Intelligece
Unit (EIU), o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil nos últimos doze meses soma
2,391 trilhões de dólares, ante 2,415 trilhões de dólares da Grã-Bretanha. No
ano passado, a economia brasileira produziu riquezas que totalizaram 2,48
trilhões de dólares, enquanto o país europeu somou 2,26 trilhões de dólares.
Segundo o analista da EIU, Robert Wood,
além da desaceleração econômica, a desvalorização do real foi crucial para a
queda no ranking. “Desde março o real enfrenta expressiva queda
ante o dólar e isso afetou, parcialmente, o PIB brasileiro na comparação
mundial”, afirma Wood. Em março de 2012, a moeda americana era cotada a 1,71
real, enquanto, no final de junho, estava em 2,03 reais – mesmo cotação desta
sexta-feira. “O desempenho da economia britânica é muito fraco, mas a libra tem
se mantido estável em relação ao dólar”, acrescenta o economista.
Em abril deste ano, o Fundo Monetário
Internacional (FMI) já havia alertado, em seu relatório trimestral, que o
Brasil perderia o posto de sexta economia devido ao enfraquecimento do real. O
FMI prevê que a economia brasileira encerrá o ano com um PIB de 2,449 trilhões
de dólares, enquanto o da Grã-Bretanha chegará a 2,452 trilhões de
dólares.
O resultado frustrante mostrou-se
iminente, mesmo após as inúmeras medidas de estímulo anunciadas pelo Palácio do
Planalto: desde o aumento do protecionismo para estimular a indústria nacional
até a pressão do governo para o corte de juros e expansão do crédito por parte
dos bancos públicos e privados. Por último, a presidente Dilma decidiu apelar
para o que realmente impulsiona o crescimento sustentável do país: os
investimentos em infraestrutura por meio de um agressivo plano de
privatizações: o PAC das Concessões. Contudo, o anúncio veio tarde demais
para salvar o PIB de 2012.